Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU denuncia execuções sumárias da minoria alauíta na Síria
O Estados Unidos pediram que o governo sírio puna o que chamou de terroristas islâmicos radicais. A União Europeia também já condenou a onda de violência. ONU denuncia execuções sumárias da minoria alauíta, na Síria O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU denunciou nesta terça-feira (11) as execuções sumárias contra a minoria alauíta na Síria. As imagens de violência contra a minoria alauíta continuam a inundar um canal da internet e mostram os corpos de civis assassinados por grupos das forças de segurança do novo governo sírio, composto por radicais da vertente sunita. Não foi possível confirmar de forma independente a autenticidade desses vídeos. Famílias inteiras estão fugindo da região noroeste da Síria. Muitas cruzaram o rio em direção ao Líbano. As mulheres carregam crianças e as poucas malas que conseguiram levar. Uma moradora de Tartous disse que a família estava sem sair de casa há três dias, sem dormir por causa dos tiros do lado de fora. Não tinham como buscar comida. Um morador de Khirbet al-Hamam disse que a vila foi invadida por homens que mandaram as mulheres saírem e diziam: “Esta terra é nossa, vocês são alauítas, vamos massacrar vocês”. Ele se pergunta: "Do que somos culpados? Só queremos proteção internacional". O porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU afirmou que muitos dos casos documentados foram de execuções sumárias e indicam que foram por motivo sectário - de origem religiosa. O porta-voz afirmou ainda que um número preocupante inclui famílias inteiras - incluindo mulheres, crianças e indivíduos fora de combate. Todas mortes em cidades predominantemente de alauítas. Thameen al-keetan afirmou que a ONU está preocupada com o aumento significativo do discurso de ódio que está aumentando a tensão e prejudicando a coesão na sociedade síria. Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU denuncia execuções sumárias da minoria alauíta na Síria Jornal Nacional/ Reprodução A onda de violência começou na última quinta-feira (6), quando forças de segurança sírias e forças ligadas ao antigo regime do ditador Bashar al-Assad entraram em confronto. Os alauítas afirmam que estão sendo alvo de limpeza étnica promovida pelos radicais de vertente sunita que tomaram o poder em dezembro de 2024. Segundo o Observatório dos Direitos Humanos da Síria, o número de mortos subiu para 1.225 - a maioria maciça de civis alauítas. Países da região, como Turquia, Jordânia e Irã, condenaram os ataques. O Estados Unidos pediram que o governo sírio puna o que chamou de terroristas islâmicos radicais. A União Europeia também já condenou a onda de violência. O bloco disse que os civis precisam ser protegidos em qualquer circunstância sob as leis humanitárias internacionais. No início de janeiro, representantes da Alemanha e da França foram à Síria para se encontrar com o presidente Ahmed al-Shara, que assumiu após a queda de Bashar al-Assad. Na ocasião, em nome do bloco europeu, eles pediram que o novo regime evitasse atos de vingança contra grupos da população. LEIA TAMBÉM Massacres, economia em frangalhos e influências externas: entenda a nova onda de violência na Síria Novo governo da Síria é acusado de limpeza étnica


O Estados Unidos pediram que o governo sírio puna o que chamou de terroristas islâmicos radicais. A União Europeia também já condenou a onda de violência. ONU denuncia execuções sumárias da minoria alauíta, na Síria O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU denunciou nesta terça-feira (11) as execuções sumárias contra a minoria alauíta na Síria. As imagens de violência contra a minoria alauíta continuam a inundar um canal da internet e mostram os corpos de civis assassinados por grupos das forças de segurança do novo governo sírio, composto por radicais da vertente sunita. Não foi possível confirmar de forma independente a autenticidade desses vídeos. Famílias inteiras estão fugindo da região noroeste da Síria. Muitas cruzaram o rio em direção ao Líbano. As mulheres carregam crianças e as poucas malas que conseguiram levar. Uma moradora de Tartous disse que a família estava sem sair de casa há três dias, sem dormir por causa dos tiros do lado de fora. Não tinham como buscar comida. Um morador de Khirbet al-Hamam disse que a vila foi invadida por homens que mandaram as mulheres saírem e diziam: “Esta terra é nossa, vocês são alauítas, vamos massacrar vocês”. Ele se pergunta: "Do que somos culpados? Só queremos proteção internacional". O porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU afirmou que muitos dos casos documentados foram de execuções sumárias e indicam que foram por motivo sectário - de origem religiosa. O porta-voz afirmou ainda que um número preocupante inclui famílias inteiras - incluindo mulheres, crianças e indivíduos fora de combate. Todas mortes em cidades predominantemente de alauítas. Thameen al-keetan afirmou que a ONU está preocupada com o aumento significativo do discurso de ódio que está aumentando a tensão e prejudicando a coesão na sociedade síria. Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU denuncia execuções sumárias da minoria alauíta na Síria Jornal Nacional/ Reprodução A onda de violência começou na última quinta-feira (6), quando forças de segurança sírias e forças ligadas ao antigo regime do ditador Bashar al-Assad entraram em confronto. Os alauítas afirmam que estão sendo alvo de limpeza étnica promovida pelos radicais de vertente sunita que tomaram o poder em dezembro de 2024. Segundo o Observatório dos Direitos Humanos da Síria, o número de mortos subiu para 1.225 - a maioria maciça de civis alauítas. Países da região, como Turquia, Jordânia e Irã, condenaram os ataques. O Estados Unidos pediram que o governo sírio puna o que chamou de terroristas islâmicos radicais. A União Europeia também já condenou a onda de violência. O bloco disse que os civis precisam ser protegidos em qualquer circunstância sob as leis humanitárias internacionais. No início de janeiro, representantes da Alemanha e da França foram à Síria para se encontrar com o presidente Ahmed al-Shara, que assumiu após a queda de Bashar al-Assad. Na ocasião, em nome do bloco europeu, eles pediram que o novo regime evitasse atos de vingança contra grupos da população. LEIA TAMBÉM Massacres, economia em frangalhos e influências externas: entenda a nova onda de violência na Síria Novo governo da Síria é acusado de limpeza étnica