Chefe de facção é condenada a 99 anos de prisão por tortura e assassinato de trabalhadores em MT

Angélica Saraiva de Sá foi condenada pela morte de Jefferson Vale Paulino, Alan Rodrigues Pereira, João Vitor da Silva e Caio Paulo da Silva. Os crimes aconteceram em 2022. Angélica Saraiva de Sá foi condenada a 99 anos e 11 meses de prisão em regime fechado pela morte de quatro trabalhadores em MT Polícia Civil O Tribunal do Júri condenou, nessa quinta-feira (27), Angélica Saraiva de Sá, conhecida como Angeliquinha, a 99 anos e 11 meses de prisão em regime fechado pela morte de quatro trabalhadores, em Nova Monte Verde, a 920 km de Cuiabá, em 2022. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp A ré foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integrar organização criminosa. Ela ainda terá que pagar 10 dias-multa no valor de 1/30 avos do salário-mínimo na época. As vítimas foram identificadas como: Jefferson Vale Paulino, de 27 anos; Alan Rodrigues Pereira, 36 anos; João Vitor da Silva, 19 anos; Caio Paulo da Silva, 31 anos. O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi praticado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. Além de Angélica, outras 14 pessoas são denunciadas pelos crimes. Ano passado, cinco réus foram condenados a 369 anos de prisão no total, pela Justiça de Mato Grosso. Entenda o caso Trabalhadores foram mortos por suposta facção criminosa Divulgação De acordo com o inquérito policial, os quatro trabalhadores foram mortos porque os criminosos julgaram que eles seriam de uma facção rival e que um deles teria feito uma publicação em rede social com símbolos do grupo. Duas das vítimas foram mantidas reféns e torturadas após comparecerem na casa de um dos denunciados para comprar drogas. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Angélica, apontada como líder do Comando Vermelho na região, ordenou a execução das duas vítimas e mandou que buscassem e matassem as outras duas que estavam hospedadas no mesmo alojamento. Alan e João Vitor morreram com cortes nos pescoços enquanto Caio Paulo e Jefferson morreram em virtude do traumatismo crânio-encefálico. Corpos encontrados e troca de tiros O crime ocorreu na Fazenda São João, em Nova Monte Verde, e os corpos foram encontrados próximos à rodovia MT-208. O carro em que as vítimas estavam foi encontrado queimado em uma região de mata, perto de um assentamento. Polícia Militar e Polícia Civil bloquearam a estrada e abordaram três pessoas em um veículo. Na abordagem, eles informaram aos policiais o endereço de uma casa onde estariam os suspeitos de envolvimento nas mortes das quatro vítimas. Os policiais fizeram um cerco na casa e houve troca de tiros com cinco suspeitos que estavam escondidos no local. Os cinco foram baleados e três morreram na hora: Tatiane Gameleira da Silva de Sal, de 17 anos, Paulo Henrique Garcia Santos, de 16 anos, e Wellington dos Santos da Silva, de 19 anos. Os outros dois foram encaminhados ao hospital de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá. Um deles está em estado grave e o outro teve ferimentos no pulmão e na clavícula.

Mar 28, 2025 - 18:30
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Chefe de facção é condenada a 99 anos de prisão por tortura e assassinato de trabalhadores em MT

Angélica Saraiva de Sá foi condenada pela morte de Jefferson Vale Paulino, Alan Rodrigues Pereira, João Vitor da Silva e Caio Paulo da Silva. Os crimes aconteceram em 2022. Angélica Saraiva de Sá foi condenada a 99 anos e 11 meses de prisão em regime fechado pela morte de quatro trabalhadores em MT Polícia Civil O Tribunal do Júri condenou, nessa quinta-feira (27), Angélica Saraiva de Sá, conhecida como Angeliquinha, a 99 anos e 11 meses de prisão em regime fechado pela morte de quatro trabalhadores, em Nova Monte Verde, a 920 km de Cuiabá, em 2022. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp A ré foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integrar organização criminosa. Ela ainda terá que pagar 10 dias-multa no valor de 1/30 avos do salário-mínimo na época. As vítimas foram identificadas como: Jefferson Vale Paulino, de 27 anos; Alan Rodrigues Pereira, 36 anos; João Vitor da Silva, 19 anos; Caio Paulo da Silva, 31 anos. O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi praticado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. Além de Angélica, outras 14 pessoas são denunciadas pelos crimes. Ano passado, cinco réus foram condenados a 369 anos de prisão no total, pela Justiça de Mato Grosso. Entenda o caso Trabalhadores foram mortos por suposta facção criminosa Divulgação De acordo com o inquérito policial, os quatro trabalhadores foram mortos porque os criminosos julgaram que eles seriam de uma facção rival e que um deles teria feito uma publicação em rede social com símbolos do grupo. Duas das vítimas foram mantidas reféns e torturadas após comparecerem na casa de um dos denunciados para comprar drogas. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Angélica, apontada como líder do Comando Vermelho na região, ordenou a execução das duas vítimas e mandou que buscassem e matassem as outras duas que estavam hospedadas no mesmo alojamento. Alan e João Vitor morreram com cortes nos pescoços enquanto Caio Paulo e Jefferson morreram em virtude do traumatismo crânio-encefálico. Corpos encontrados e troca de tiros O crime ocorreu na Fazenda São João, em Nova Monte Verde, e os corpos foram encontrados próximos à rodovia MT-208. O carro em que as vítimas estavam foi encontrado queimado em uma região de mata, perto de um assentamento. Polícia Militar e Polícia Civil bloquearam a estrada e abordaram três pessoas em um veículo. Na abordagem, eles informaram aos policiais o endereço de uma casa onde estariam os suspeitos de envolvimento nas mortes das quatro vítimas. Os policiais fizeram um cerco na casa e houve troca de tiros com cinco suspeitos que estavam escondidos no local. Os cinco foram baleados e três morreram na hora: Tatiane Gameleira da Silva de Sal, de 17 anos, Paulo Henrique Garcia Santos, de 16 anos, e Wellington dos Santos da Silva, de 19 anos. Os outros dois foram encaminhados ao hospital de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá. Um deles está em estado grave e o outro teve ferimentos no pulmão e na clavícula.