Garota de programa denuncia exploração em casa de prostituição sem condições de higiene em SP

Mulher alega que era obrigada a andar nua pela casa e proibida de negar atendimento ou sair do imóvel em Guarujá (SP). Ela disse que necessidades fisiológicas eram feitas em sacolas porque o banheiro era inutilizável. Garota de programa denunciou casa de prostituição em Guarujá (SP) Reprodução Um homem, de 41 anos, e uma mulher, de 22, foram presos por administrar uma casa de prostituição em Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, uma vítima denunciou o casal por explorar garotas de programa e não oferecer condições de higiene e alimentação . ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. A Polícia Civil chegou até o local após denúncia da vítima, de 27 anos, na última segunda-feira (17). Em depoimento, ela contou que tinha sido contratada no começo do mês para trabalhar na casa localizada no bairro Vila Santo Antônio. De acordo com a corporação, o homem de 41 atuava como 'cafetão', enquanto a mulher de 22 tinha o cargo de gerente do estabelecimento. Denúncias Segundo a mulher, a administração não fornecia alimentação adequada nem itens de higiene, como papel higiênico. Ela acrescentou que o banheiro não era utilizável e, por isso, muitas vezes precisou fazer as necessidades fisiológicas em sacolas. Também em depoimento, a mulher denunciou o 'cafetão' por proibir as garotas de saírem da casa e aplicar uma multa de R$ 200 a R$ 500 caso a ordem não fosse cumprida. Além disso, segundo a mulher, todas as vítimas eram obrigadas a trabalhar da hora em que acordavam até o momento de descanso (das 10h às 4h) e andar nuas pelo estabelecimento para “atrair mais clientes”. De acordo com a garota de programa, era proibido negar atendimento e, por isso, os serviços sexuais eram prestados até por mulheres menstruadas. Caso não cumprissem o estabelecido, elas recebiam uma multa de R$ 500, que também era aplicada quando deixavam os quartos por agressões de clientes. A mulher contou ainda que o responsável pelo local prometia pagar R$ 6 mil para quem cumprisse a meta de 90 atendimentos em 15 dias. Caso contrário, o salário era de R$ 3 mil e elas ainda precisavam pagar três dias para a casa. Polícia Ao receber as denúncias, a equipe da delegacia de Guarujá foi até a casa, onde encontrou outras mulheres que confirmaram prestar serviços sexuais. Os agentes também localizaram objetos que comprovaram a exploração sexual, como caderno de anotações sobre programas e pagamentos, caixa com preservativos, lubrificantes, máquinas de cartões de crédito e uma placa com o nome do website no qual as garotas eram anunciadas. Além disso, os policiais notaram uma ligação clandestina de energia elétrica no poste, conhecida popularmente como "gato", que foi caracterizado como furto de energia elétrica. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a Polícia Civil investiga o caso, que foi registrado como furto, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável e rufianismo [crime previsto no artigo 230 do Código Penal que trata de exploração sexual]. Outra casa de prostituição Em outubro do ano passado, os policiais do 2º DP de Santos descobriram uma casa de prostituição e sadomasoquismo disfarçada de clínica de estética e massagem também em Santos. A proprietária do estabelecimento chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar R$ 2,8 mil de fiança. Na época, os agentes receberam uma denúncia anônima sobre a casa no bairro Encruzilhada, onde diariamente seriam realizados eventos de sadomasoquismo, uso de drogas e violência. No local, os agentes foram recebidos pela dona do estabelecimento e por uma mulher, considerada testemunha para a corporação. Os policiais se identificaram e explicaram que averiguavam a denúncia sobre exploração sexual. A responsável alegou que a casa de prostituição funcionava há seis anos. Polícia descobre que clínica de estética e massagem era usada para exploração sexual VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

Mar 24, 2025 - 05:30
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Garota de programa denuncia exploração em casa de prostituição sem condições de higiene em SP

Mulher alega que era obrigada a andar nua pela casa e proibida de negar atendimento ou sair do imóvel em Guarujá (SP). Ela disse que necessidades fisiológicas eram feitas em sacolas porque o banheiro era inutilizável. Garota de programa denunciou casa de prostituição em Guarujá (SP) Reprodução Um homem, de 41 anos, e uma mulher, de 22, foram presos por administrar uma casa de prostituição em Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, uma vítima denunciou o casal por explorar garotas de programa e não oferecer condições de higiene e alimentação . ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. A Polícia Civil chegou até o local após denúncia da vítima, de 27 anos, na última segunda-feira (17). Em depoimento, ela contou que tinha sido contratada no começo do mês para trabalhar na casa localizada no bairro Vila Santo Antônio. De acordo com a corporação, o homem de 41 atuava como 'cafetão', enquanto a mulher de 22 tinha o cargo de gerente do estabelecimento. Denúncias Segundo a mulher, a administração não fornecia alimentação adequada nem itens de higiene, como papel higiênico. Ela acrescentou que o banheiro não era utilizável e, por isso, muitas vezes precisou fazer as necessidades fisiológicas em sacolas. Também em depoimento, a mulher denunciou o 'cafetão' por proibir as garotas de saírem da casa e aplicar uma multa de R$ 200 a R$ 500 caso a ordem não fosse cumprida. Além disso, segundo a mulher, todas as vítimas eram obrigadas a trabalhar da hora em que acordavam até o momento de descanso (das 10h às 4h) e andar nuas pelo estabelecimento para “atrair mais clientes”. De acordo com a garota de programa, era proibido negar atendimento e, por isso, os serviços sexuais eram prestados até por mulheres menstruadas. Caso não cumprissem o estabelecido, elas recebiam uma multa de R$ 500, que também era aplicada quando deixavam os quartos por agressões de clientes. A mulher contou ainda que o responsável pelo local prometia pagar R$ 6 mil para quem cumprisse a meta de 90 atendimentos em 15 dias. Caso contrário, o salário era de R$ 3 mil e elas ainda precisavam pagar três dias para a casa. Polícia Ao receber as denúncias, a equipe da delegacia de Guarujá foi até a casa, onde encontrou outras mulheres que confirmaram prestar serviços sexuais. Os agentes também localizaram objetos que comprovaram a exploração sexual, como caderno de anotações sobre programas e pagamentos, caixa com preservativos, lubrificantes, máquinas de cartões de crédito e uma placa com o nome do website no qual as garotas eram anunciadas. Além disso, os policiais notaram uma ligação clandestina de energia elétrica no poste, conhecida popularmente como "gato", que foi caracterizado como furto de energia elétrica. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a Polícia Civil investiga o caso, que foi registrado como furto, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável e rufianismo [crime previsto no artigo 230 do Código Penal que trata de exploração sexual]. Outra casa de prostituição Em outubro do ano passado, os policiais do 2º DP de Santos descobriram uma casa de prostituição e sadomasoquismo disfarçada de clínica de estética e massagem também em Santos. A proprietária do estabelecimento chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar R$ 2,8 mil de fiança. Na época, os agentes receberam uma denúncia anônima sobre a casa no bairro Encruzilhada, onde diariamente seriam realizados eventos de sadomasoquismo, uso de drogas e violência. No local, os agentes foram recebidos pela dona do estabelecimento e por uma mulher, considerada testemunha para a corporação. Os policiais se identificaram e explicaram que averiguavam a denúncia sobre exploração sexual. A responsável alegou que a casa de prostituição funcionava há seis anos. Polícia descobre que clínica de estética e massagem era usada para exploração sexual VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos