Incomodado com os 'pneuzinhos'? Veja mitos e verdades sobre a gordura abdominal e como combatê-la

Corpo humano acumula gordura quando ingerimos mais calorias do que conseguimos queimar ao longo do dia. Esse excesso de calorias é armazenado, e, dependendo da predisposição genética ou hormonal de cada pessoa, a barriga se torna o principal 'depósito'. Homem segurando a barriga Reprodução/Unsplash Perder aquela ‘barriguinha’ insistente é uma das metas mais buscadas pelos brasileiros com a chegada do verão. Mas o acúmulo de gordura abdominal vai além de uma questão estética: ele pode ter impactos significativos para a saúde, aumentando o risco de doenças cardíacas e metabólicas, como hipertensão arterial e diabetes. O g1 conversou com especialistas para entender os principais mitos sobre a gordura abdominal e como combatê-la de forma eficaz (veja mais abaixo). Mas antes, é importante entender que há dois diferentes tipos de gordura que se alojam na região: ➡️ Gordura subcutânea: É a gordura localizada logo abaixo da pele e está presente em várias partes do corpo, como coxas, braços e, também, na região abdominal. Embora não esteja diretamente associada a problemas de saúde graves, seu excesso pode contribuir para o aumento do peso corporal e para o surgimento do que muitas pessoas chamam de "pochete". ➡️ Gordura visceral: É a gordura localizada entre os órgãos internos, como fígado, pâncreas e intestinos. Diferente da gordura subcutânea, está ligado ao desenvolvimento de doenças metabólicas, como hipertensão e diabetes tipo 2. Ela forma uma "barriga dura", ou o que se costuma chamar de "barriga de chope", que não dobra como a gordura subcutânea e é mais difícil de perder. Como e onde a gordura será acumulada depende de fatores hormonais, genéticos e de estilo de vida. "Existem famílias que acumulam gordura no corpo todo e outras que acumulam predominantemente na região central. E os hormônios femininos, por exemplo, promovem um formato com mais quadril e coxas, protegendo um pouco contra a gordura visceral", explicou ao g1 Maria Edna de Melo, Endocrinologista do Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. “Mas um vilão, amplamente reconhecido, é o álcool. O consumo de álcool provoca uma mudança na distribuição de gordura, elevando o acúmulo central". Como perder a barriga? Nosso corpo acumula gordura quando ingerimos mais calorias do que conseguimos gastar no dia a dia, explica a especialista. Esse excedente de calorias é armazenado, e, dependendo da predisposição genética ou hormonal de cada pessoa, a barriga se torna o principal "depósito". ⚖️ Para perder barriga, é preciso seguir o caminho aposto e consumir menos calorias do que se gasta, criando o chamado déficit calórico. "Para isso, é importante ficar atento, principalmente à alimentação. Controlar o estímulo, ou seja, evitar ficar muito exposto a alimentos ultraprocessados, açúcar. Se o alimento está disponível, a gente acaba comendo", afirma Maria Edna de Melo. LEIA TAMBÉM O que acontece quando se para de tomar Ozempic, segundo estudos Manter uma rotina saudável, com exercícios físicos constantes, também colabora positivamente para o equilíbrio na balança. "Um dos erros mais comuns é acreditar que apenas a restrição alimentar será suficiente para reduzir a gordura corporal de maneira saudável. De fato, com o tempo, a gordura pode diminuir, mas a musculatura também é afetada", explica ao g1 Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Israelita Albert Einstein. "Isso pode levar a um desequilíbrio, fazendo com que o percentual de gordura do corpo permaneça semelhante ao que era antes. Por isso, a prática regular de atividade física deve ser constante em nossa vida, aliada a uma alimentação equilibrada, rica em grãos e vegetais, com menos gordura saturada e menos sal”. Mitos e verdades sobre a gordura abdominal Os especialistas consultados pelo g1 esclareceram frases comuns associadas a perda de gordura na região abdominal. Confira:

Nov 23, 2024 - 05:30
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Incomodado com os 'pneuzinhos'? Veja mitos e verdades sobre a gordura abdominal e como combatê-la

Corpo humano acumula gordura quando ingerimos mais calorias do que conseguimos queimar ao longo do dia. Esse excesso de calorias é armazenado, e, dependendo da predisposição genética ou hormonal de cada pessoa, a barriga se torna o principal 'depósito'. Homem segurando a barriga Reprodução/Unsplash Perder aquela ‘barriguinha’ insistente é uma das metas mais buscadas pelos brasileiros com a chegada do verão. Mas o acúmulo de gordura abdominal vai além de uma questão estética: ele pode ter impactos significativos para a saúde, aumentando o risco de doenças cardíacas e metabólicas, como hipertensão arterial e diabetes. O g1 conversou com especialistas para entender os principais mitos sobre a gordura abdominal e como combatê-la de forma eficaz (veja mais abaixo). Mas antes, é importante entender que há dois diferentes tipos de gordura que se alojam na região: ➡️ Gordura subcutânea: É a gordura localizada logo abaixo da pele e está presente em várias partes do corpo, como coxas, braços e, também, na região abdominal. Embora não esteja diretamente associada a problemas de saúde graves, seu excesso pode contribuir para o aumento do peso corporal e para o surgimento do que muitas pessoas chamam de "pochete". ➡️ Gordura visceral: É a gordura localizada entre os órgãos internos, como fígado, pâncreas e intestinos. Diferente da gordura subcutânea, está ligado ao desenvolvimento de doenças metabólicas, como hipertensão e diabetes tipo 2. Ela forma uma "barriga dura", ou o que se costuma chamar de "barriga de chope", que não dobra como a gordura subcutânea e é mais difícil de perder. Como e onde a gordura será acumulada depende de fatores hormonais, genéticos e de estilo de vida. "Existem famílias que acumulam gordura no corpo todo e outras que acumulam predominantemente na região central. E os hormônios femininos, por exemplo, promovem um formato com mais quadril e coxas, protegendo um pouco contra a gordura visceral", explicou ao g1 Maria Edna de Melo, Endocrinologista do Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. “Mas um vilão, amplamente reconhecido, é o álcool. O consumo de álcool provoca uma mudança na distribuição de gordura, elevando o acúmulo central". Como perder a barriga? Nosso corpo acumula gordura quando ingerimos mais calorias do que conseguimos gastar no dia a dia, explica a especialista. Esse excedente de calorias é armazenado, e, dependendo da predisposição genética ou hormonal de cada pessoa, a barriga se torna o principal "depósito". ⚖️ Para perder barriga, é preciso seguir o caminho aposto e consumir menos calorias do que se gasta, criando o chamado déficit calórico. "Para isso, é importante ficar atento, principalmente à alimentação. Controlar o estímulo, ou seja, evitar ficar muito exposto a alimentos ultraprocessados, açúcar. Se o alimento está disponível, a gente acaba comendo", afirma Maria Edna de Melo. LEIA TAMBÉM O que acontece quando se para de tomar Ozempic, segundo estudos Manter uma rotina saudável, com exercícios físicos constantes, também colabora positivamente para o equilíbrio na balança. "Um dos erros mais comuns é acreditar que apenas a restrição alimentar será suficiente para reduzir a gordura corporal de maneira saudável. De fato, com o tempo, a gordura pode diminuir, mas a musculatura também é afetada", explica ao g1 Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Israelita Albert Einstein. "Isso pode levar a um desequilíbrio, fazendo com que o percentual de gordura do corpo permaneça semelhante ao que era antes. Por isso, a prática regular de atividade física deve ser constante em nossa vida, aliada a uma alimentação equilibrada, rica em grãos e vegetais, com menos gordura saturada e menos sal”. Mitos e verdades sobre a gordura abdominal Os especialistas consultados pelo g1 esclareceram frases comuns associadas a perda de gordura na região abdominal. Confira: