Motorista é indiciado por homicídio culposo de três mulheres que morreram após carro cair de ponte e ficar submerso em rio no Paraná

Homem também foi indiciado por fugir do local do acidente. Defesa afirma que ele se afastou por medo de uma reação violenta das famílias das vítimas, Michelle Ancelmo, Adriana Wilczeski e Cristiane Niebekailo. Michelle Ancelmo, Adriana Wilczeski e Cristiane Niebekailo Reprodução/Redes Sociais Um motorista foi indiciado por homicídio culposo (sem a intenção de matar), por dirigir embriagado e por fugir do local do acidente que matou Michelle Ancelmo, Adriana Wilczeski e Cristiane Niebekailo, passageiras do veículo que ele dirigia. As três mulheres morreram na noite de 1º de outubro após o carro cair de uma ponte e ficar submerso em Prudentópolis, na região central do Paraná. De acordo com o Corpo de Bombeiros, no carro também estavam dois homens, motorista e passageiro, que conseguiram sair do veículo por meios próprios e sobreviveram. Relembre detalhes abaixo. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram À polícia, o motorista disse que, enquanto dirigia, outro veículo passou em alta velocidade pelo mesmo trecho, levantando uma cortina de poeira e que, por isso, ele não viu a ponte e caiu no rio. "Essa condição, aliada às características do local que não possui placas de sinalização e qualquer barreira de contenção ao redor do rio, visto que a estrada se afunilava na região do acidente, resultou na perda do controle do veículo, que acabou por cair da ponte", afirmam os advogados dele, em nota encaminhada à imprensa. Durante o depoimento, o motorista alegou que saiu do local porque estava machucado - mas, segundo a Polícia Civil, ele foi indiciado porque não foi a nenhum hospital. Os advogados Filipe Lucas Ferreira de Souza e Karoline Marcely Zittel, que representam o homem, afirmam que após conseguir sair do veículo, o motorista tentou prestar socorro às vítimas e retirá-las de dentro do carro submerso, mas "as condições adversas no local, a impossibilidade técnica de resgate e o estado de choque o impediram de realizar o salvamento". "Adicionalmente, a comoção causada pelo acidente gerou uma reação de medo e angústia no acusado, que quando estava indo ao hospital para receber socorro pelos ferimentos sofridos, foi alertado de que a família das vítimas poderia agir de forma violenta contra si. Assim, temendo pela própria segurança, foi forçado a se afastar, para proteger sua própria integridade. Porém, se apresentou às autoridades e tem colaborado de maneira exemplar com as investigações", complementa a defesa. Os advogados também afirmam que o acidente aconteceu "sem qualquer intenção ou dolo por parte do condutor" e garantem que ele dirigia em velocidade abaixo do limite permitido na via e não havia ingerido álcool ou qualquer substância que comprometesse sua capacidade de condução, "como apontado erroneamente na conclusão de inquérito da Polícia Civil". O homem foi indiciado por dois crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB): praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor, com o agravante de dirigir "sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência"; e "afastar-se o condutor do veículo do local do sinistro, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída". Em caso de condenação, a pena pode chegar a até nove anos de prisão, adicionada de multa e suspensão do direito de dirigir. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público que, agora, vai avaliar se e como formaliza a denúncia à Justiça. Leia também: Afogamento: Bombeiros entram no terceiro dia de buscas por homem que desapareceu após tentar atravessar rio nadando no Paraná Investigação: Jovem de 18 anos se apresenta como motorista que fugiu sem prestar socorro após atropelar adolescente que morreu no Paraná VÍDEO: Cadela 'pede socorro' para policiais e mostra filhotes abandonados em caixa no Paraná Relembre detalhes do acidente Três mulheres morrem após carro cair de ponte e ficar submerso em rio, no Paraná Corpo de Bombeiros O acidente aconteceu por volta das 22h40 de 1º de outubro, uma terça-feira, em um rio afluente do Rio São João em Prudentópolis, na região conhecida como "Linha Guarapuava". Segundo o Corpo de Bombeiros, após o carro cair no rio e ficar submerso, o corpo de duas das mulheres foram retirados do veículo por populares. Na sequência, bombeiros fizeram uma varredura e encontraram o terceiro corpo no banco traseiro. "Segundo informações de populares, o condutor e um passageiro do veículo saíram do local e buscaram atendimento por meios próprios", complementaram os bombeiros, na época. Michelle Fabiane Ancelmo tinha 39 anos e foi sepultada em Pitanga, cidade que fica a cerca de 150 km de Prudentópolis. Adriana Wilczeski, de 34 anos, e Cristiane Aparecida Niebekailo, de 28, foram sepultadas em Prudentópolis. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias em g1 Paraná.

Nov 26, 2024 - 09:30
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Motorista é indiciado por homicídio culposo de três mulheres que morreram após carro cair de ponte e ficar submerso em rio no Paraná

Homem também foi indiciado por fugir do local do acidente. Defesa afirma que ele se afastou por medo de uma reação violenta das famílias das vítimas, Michelle Ancelmo, Adriana Wilczeski e Cristiane Niebekailo. Michelle Ancelmo, Adriana Wilczeski e Cristiane Niebekailo Reprodução/Redes Sociais Um motorista foi indiciado por homicídio culposo (sem a intenção de matar), por dirigir embriagado e por fugir do local do acidente que matou Michelle Ancelmo, Adriana Wilczeski e Cristiane Niebekailo, passageiras do veículo que ele dirigia. As três mulheres morreram na noite de 1º de outubro após o carro cair de uma ponte e ficar submerso em Prudentópolis, na região central do Paraná. De acordo com o Corpo de Bombeiros, no carro também estavam dois homens, motorista e passageiro, que conseguiram sair do veículo por meios próprios e sobreviveram. Relembre detalhes abaixo. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram À polícia, o motorista disse que, enquanto dirigia, outro veículo passou em alta velocidade pelo mesmo trecho, levantando uma cortina de poeira e que, por isso, ele não viu a ponte e caiu no rio. "Essa condição, aliada às características do local que não possui placas de sinalização e qualquer barreira de contenção ao redor do rio, visto que a estrada se afunilava na região do acidente, resultou na perda do controle do veículo, que acabou por cair da ponte", afirmam os advogados dele, em nota encaminhada à imprensa. Durante o depoimento, o motorista alegou que saiu do local porque estava machucado - mas, segundo a Polícia Civil, ele foi indiciado porque não foi a nenhum hospital. Os advogados Filipe Lucas Ferreira de Souza e Karoline Marcely Zittel, que representam o homem, afirmam que após conseguir sair do veículo, o motorista tentou prestar socorro às vítimas e retirá-las de dentro do carro submerso, mas "as condições adversas no local, a impossibilidade técnica de resgate e o estado de choque o impediram de realizar o salvamento". "Adicionalmente, a comoção causada pelo acidente gerou uma reação de medo e angústia no acusado, que quando estava indo ao hospital para receber socorro pelos ferimentos sofridos, foi alertado de que a família das vítimas poderia agir de forma violenta contra si. Assim, temendo pela própria segurança, foi forçado a se afastar, para proteger sua própria integridade. Porém, se apresentou às autoridades e tem colaborado de maneira exemplar com as investigações", complementa a defesa. Os advogados também afirmam que o acidente aconteceu "sem qualquer intenção ou dolo por parte do condutor" e garantem que ele dirigia em velocidade abaixo do limite permitido na via e não havia ingerido álcool ou qualquer substância que comprometesse sua capacidade de condução, "como apontado erroneamente na conclusão de inquérito da Polícia Civil". O homem foi indiciado por dois crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB): praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor, com o agravante de dirigir "sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência"; e "afastar-se o condutor do veículo do local do sinistro, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída". Em caso de condenação, a pena pode chegar a até nove anos de prisão, adicionada de multa e suspensão do direito de dirigir. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público que, agora, vai avaliar se e como formaliza a denúncia à Justiça. Leia também: Afogamento: Bombeiros entram no terceiro dia de buscas por homem que desapareceu após tentar atravessar rio nadando no Paraná Investigação: Jovem de 18 anos se apresenta como motorista que fugiu sem prestar socorro após atropelar adolescente que morreu no Paraná VÍDEO: Cadela 'pede socorro' para policiais e mostra filhotes abandonados em caixa no Paraná Relembre detalhes do acidente Três mulheres morrem após carro cair de ponte e ficar submerso em rio, no Paraná Corpo de Bombeiros O acidente aconteceu por volta das 22h40 de 1º de outubro, uma terça-feira, em um rio afluente do Rio São João em Prudentópolis, na região conhecida como "Linha Guarapuava". Segundo o Corpo de Bombeiros, após o carro cair no rio e ficar submerso, o corpo de duas das mulheres foram retirados do veículo por populares. Na sequência, bombeiros fizeram uma varredura e encontraram o terceiro corpo no banco traseiro. "Segundo informações de populares, o condutor e um passageiro do veículo saíram do local e buscaram atendimento por meios próprios", complementaram os bombeiros, na época. Michelle Fabiane Ancelmo tinha 39 anos e foi sepultada em Pitanga, cidade que fica a cerca de 150 km de Prudentópolis. Adriana Wilczeski, de 34 anos, e Cristiane Aparecida Niebekailo, de 28, foram sepultadas em Prudentópolis. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias em g1 Paraná.