Mundo lembra os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz

O local virou o maior símbolo do Holocausto - o assassinato sistemático de milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. Mundo lembra os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz Reprodução/TV Globo O mundo lembrou nesta segunda-feira (27) os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, o local de extermínio de mais de 1 milhão de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Eles são os últimos sobreviventes de um dos piores genocídios da história. O mais novo tem mais de 80 anos. No começo do dia, as vítimas do campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia, encararam o local do trauma. Depositaram flores e acenderam velas. O presidente polonês, Andrei Duda, disse: “A gente cuida desse lugar para manter a memória viva, para que o mundo nunca mais permita que uma catástrofe humana tão dramática aconteça”. Mundo lembra os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz Reprodução/TV Globo Auschwitz virou o maior símbolo do Holocausto - o assassinato sistemático de milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. Quando os soviéticos chegaram para liberar o campo nazista, em 27 de janeiro de 1945, encontraram cerca de 7 mil prisioneiros. A maioria, pele e osso. Muitos nem conseguiam falar. Nesta segunda-feira (27), sentados e calados, reis, chefes de Estado e de governo ouviram as vítimas. O primeiro foi Marian Turski, de 98 anos. Ele tinha 18 quando os nazistas assassinaram o pai e o irmão dele. Tova Friedman, de 86, disse que o 27 de janeiro - Dia Internacional da Memória do Holocausto - virou o aniversário dela. É quando ela celebra a vida. Ela disse: “Hoje, temos a obrigação não só de lembrar, mas de alertar e ensinar que o ódio só gera mais ódio, e a matança, mais matança". Marian Turski, de 98 anos, tinha 18 quando os nazistas assassinaram o pai e o irmão dele Reprodução/TV Globo Ao redor do mundo, governos como o do Reino Unido organizaram outros eventos para lembrar os 80 anos da liberação do campo de Auschwitz. O fato de tropas soviéticas terem libertado o maior centro de extermínio nazista sempre colocou a Rússia em destaque nas cerimônias que lembram essa data. Mas desde a invasão à Ucrânia, o presidente Vladimir Putin não é mais convidado. Campo de concentração de Auschwitz virou o maior símbolo do Holocausto, na Segunda Guerra Mundial Reprodução/TV Globo A Alemanha mandou o primeiro-ministro e o presidente – um sinal do comprometimento do governo alemão de assumir responsabilidade pelos crimes cometidos durante o nazismo, e em um momento em que a extrema-direita ganha força por lá. O dia na Polônia foi carregado de emoção. Com a idade avançada dos sobreviventes, a cada ano a participação deles diminui. Mas os depoimentos ficam para sempre. Mundo lembra os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz Reprodução/TV Globo

Jan 27, 2025 - 21:00
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Mundo lembra os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz

O local virou o maior símbolo do Holocausto - o assassinato sistemático de milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. Mundo lembra os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz Reprodução/TV Globo O mundo lembrou nesta segunda-feira (27) os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, o local de extermínio de mais de 1 milhão de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Eles são os últimos sobreviventes de um dos piores genocídios da história. O mais novo tem mais de 80 anos. No começo do dia, as vítimas do campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia, encararam o local do trauma. Depositaram flores e acenderam velas. O presidente polonês, Andrei Duda, disse: “A gente cuida desse lugar para manter a memória viva, para que o mundo nunca mais permita que uma catástrofe humana tão dramática aconteça”. Mundo lembra os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz Reprodução/TV Globo Auschwitz virou o maior símbolo do Holocausto - o assassinato sistemático de milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. Quando os soviéticos chegaram para liberar o campo nazista, em 27 de janeiro de 1945, encontraram cerca de 7 mil prisioneiros. A maioria, pele e osso. Muitos nem conseguiam falar. Nesta segunda-feira (27), sentados e calados, reis, chefes de Estado e de governo ouviram as vítimas. O primeiro foi Marian Turski, de 98 anos. Ele tinha 18 quando os nazistas assassinaram o pai e o irmão dele. Tova Friedman, de 86, disse que o 27 de janeiro - Dia Internacional da Memória do Holocausto - virou o aniversário dela. É quando ela celebra a vida. Ela disse: “Hoje, temos a obrigação não só de lembrar, mas de alertar e ensinar que o ódio só gera mais ódio, e a matança, mais matança". Marian Turski, de 98 anos, tinha 18 quando os nazistas assassinaram o pai e o irmão dele Reprodução/TV Globo Ao redor do mundo, governos como o do Reino Unido organizaram outros eventos para lembrar os 80 anos da liberação do campo de Auschwitz. O fato de tropas soviéticas terem libertado o maior centro de extermínio nazista sempre colocou a Rússia em destaque nas cerimônias que lembram essa data. Mas desde a invasão à Ucrânia, o presidente Vladimir Putin não é mais convidado. Campo de concentração de Auschwitz virou o maior símbolo do Holocausto, na Segunda Guerra Mundial Reprodução/TV Globo A Alemanha mandou o primeiro-ministro e o presidente – um sinal do comprometimento do governo alemão de assumir responsabilidade pelos crimes cometidos durante o nazismo, e em um momento em que a extrema-direita ganha força por lá. O dia na Polônia foi carregado de emoção. Com a idade avançada dos sobreviventes, a cada ano a participação deles diminui. Mas os depoimentos ficam para sempre. Mundo lembra os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz Reprodução/TV Globo