Quem é William Rogatto, o ‘Rei do Rebaixamento’, preso em Dubai e alvo de operação
Rogatto afirma ter rebaixado 42 clubes ao longo de sua carreira. Suas operações foram investigadas pela CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Brasil, no Senado. Willian Rogatto, conhecido como o Rei do Rebaixamento Reprodução/TV Globo O empresário William Rogatto, de 34 anos, foi um dos alvos da Operação VAR, deflagrada nesta segunda-feira (11) pela Polícia Civil do RJ. Conhecido como “Rei do Rebaixamento”, Rogatto foi preso neste fim de semana pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes. Rogatto afirma ter rebaixado 42 clubes ao longo de sua carreira. Suas operações foram investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Brasil, no Senado. O empresário declarou ter acumulado cerca de R$ 300 milhões com suas atividades fraudulentas, que incluem a manipulação de campeonatos nacionais e internacionais. Rogatto afirma que suas atividades começaram aos 19 anos, depois de uma viagem a Las Vegas. Ele justifica seu envolvimento no esquema com a “brecha” que encontrou no sistema esportivo e com a possibilidade de lucro oferecida pelas apostas. “O esquema de manipulação dos jogos só perde para política e o tráfico de drogas em termos de valores”, afirmou ele em depoimento à CPI, revelando que seu esquema envolvia desde atletas até árbitros e dirigentes de clubes. Segundo ele, o sistema é antigo e estruturado, com raízes que, segundo suas palavras, remontam há mais de 40 anos. O empresário explica que o foco de suas operações são clubes em dificuldades financeiras, aos quais oferece suporte em troca de controle nos resultados dos jogos. “Qual é meu modus operandi? Pego um time com dificuldade financeira e que não tem dinheiro para disputar campeonato ou pagar taxas da federação. Eu entro, como quem não quer nada, e falo: ‘E aí, presidente, vamos fazer o time subir? Vai dar tudo certo, a gente vai ser campeão’”, contou. Rogatto revela que esse método o ajudou a construir uma verdadeira máquina de manipulação esportiva. Com operações em todos os estados brasileiros e em 9 países, Rogatto afirma que a manipulação no futebol brasileiro é facilitada pela relação entre clubes e patrocinadores de apostas. “Quando uma bet patrocina o seu clube, automaticamente o jogador se transforma em aposta”, explicou. Ele também afirmou que seu envolvimento nos jogos era garantido com promessas financeiras: “Eu pagava muito bem por um gol”, disse, revelando que o montante pago a árbitros e jogadores superava significativamente seus salários regulares. Apesar das confissões, Rogatto acredita que o esquema é muito maior do que ele e que dificilmente será extinto. “Os grandes não vão cair nunca. Estamos falando de dentro da CBF, de dentro das federações. Tenho provas e vídeos. Isso não vai dar em nada, vai fazer vítimas do sistema e, no final, não vai acabar porque não é de agora. Isso existe há mais de 40 anos. Eu fiz parte do sistema”. O empresário admitiu que vê o futebol brasileiro como um “sistema único” e que para entrar “é preciso ter pessoas”. “Tem político, vereador, prefeito. Eu sempre procurei entrar pelas secretarias de Esporte”, afirmou. “Não roubei ninguém, não matei ninguém. Eu trabalhei em cima do sistema, o sistema é falho. Um árbitro hoje oficial ganha em torno de R$ 7 mil por jogo, eu pagava R$ 50 mil para ele”. Operação mira manipulação de resultados na Série B do Campeonato Carioca
Rogatto afirma ter rebaixado 42 clubes ao longo de sua carreira. Suas operações foram investigadas pela CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Brasil, no Senado. Willian Rogatto, conhecido como o Rei do Rebaixamento Reprodução/TV Globo O empresário William Rogatto, de 34 anos, foi um dos alvos da Operação VAR, deflagrada nesta segunda-feira (11) pela Polícia Civil do RJ. Conhecido como “Rei do Rebaixamento”, Rogatto foi preso neste fim de semana pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes. Rogatto afirma ter rebaixado 42 clubes ao longo de sua carreira. Suas operações foram investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Brasil, no Senado. O empresário declarou ter acumulado cerca de R$ 300 milhões com suas atividades fraudulentas, que incluem a manipulação de campeonatos nacionais e internacionais. Rogatto afirma que suas atividades começaram aos 19 anos, depois de uma viagem a Las Vegas. Ele justifica seu envolvimento no esquema com a “brecha” que encontrou no sistema esportivo e com a possibilidade de lucro oferecida pelas apostas. “O esquema de manipulação dos jogos só perde para política e o tráfico de drogas em termos de valores”, afirmou ele em depoimento à CPI, revelando que seu esquema envolvia desde atletas até árbitros e dirigentes de clubes. Segundo ele, o sistema é antigo e estruturado, com raízes que, segundo suas palavras, remontam há mais de 40 anos. O empresário explica que o foco de suas operações são clubes em dificuldades financeiras, aos quais oferece suporte em troca de controle nos resultados dos jogos. “Qual é meu modus operandi? Pego um time com dificuldade financeira e que não tem dinheiro para disputar campeonato ou pagar taxas da federação. Eu entro, como quem não quer nada, e falo: ‘E aí, presidente, vamos fazer o time subir? Vai dar tudo certo, a gente vai ser campeão’”, contou. Rogatto revela que esse método o ajudou a construir uma verdadeira máquina de manipulação esportiva. Com operações em todos os estados brasileiros e em 9 países, Rogatto afirma que a manipulação no futebol brasileiro é facilitada pela relação entre clubes e patrocinadores de apostas. “Quando uma bet patrocina o seu clube, automaticamente o jogador se transforma em aposta”, explicou. Ele também afirmou que seu envolvimento nos jogos era garantido com promessas financeiras: “Eu pagava muito bem por um gol”, disse, revelando que o montante pago a árbitros e jogadores superava significativamente seus salários regulares. Apesar das confissões, Rogatto acredita que o esquema é muito maior do que ele e que dificilmente será extinto. “Os grandes não vão cair nunca. Estamos falando de dentro da CBF, de dentro das federações. Tenho provas e vídeos. Isso não vai dar em nada, vai fazer vítimas do sistema e, no final, não vai acabar porque não é de agora. Isso existe há mais de 40 anos. Eu fiz parte do sistema”. O empresário admitiu que vê o futebol brasileiro como um “sistema único” e que para entrar “é preciso ter pessoas”. “Tem político, vereador, prefeito. Eu sempre procurei entrar pelas secretarias de Esporte”, afirmou. “Não roubei ninguém, não matei ninguém. Eu trabalhei em cima do sistema, o sistema é falho. Um árbitro hoje oficial ganha em torno de R$ 7 mil por jogo, eu pagava R$ 50 mil para ele”. Operação mira manipulação de resultados na Série B do Campeonato Carioca