Quem são os 'kids pretos', presos pela PF por plano que visava assassinato de Lula, Alckmin e Moraes
Os "kids pretos" são reconhecidos no Exército pelo conhecimento técnico, militar e bélico. Os "kids pretos" — também conhecidos como "forças especiais" — são militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais. Reprodução/TV Globo As investigações revelaram que os assassinatos seriam executados por militares de um grupo treinado para missões especiais. Os "kids pretos" — também conhecidos como "forças especiais" — são militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais. De acordo com o exército, no ano passado eram cerca de 2.500 militares. Mauro Cid, ex-braço direito de Bolsonaro, era um dos "kids pretos" que ocuparam cargos no governo anterior. Como parte do treinamento, os "kids pretos" aprendem a atuar em missões com alto grau de risco e sigilo, como em operações de guerra irregular. Quatro "kids pretos" foram presos hoje. Um deles, o general da reserva Mario Fernandes. Ele foi citado por Mauro Cid como um dos militares mais radicais. Ele trabalhou no governo Bolsonaro no mesmo período de Cid. E chegou a ser ministro substituto da Secretaria Geral da Presidência. Segundo as investigações, Mario Fernandes é um dos responsáveis por criar os arquivos onde foram armazenadas as informações do grupo, com os planejamentos do assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, e de instituir de um gabinete de crise a ser montado após a execução do plano. A PF destaca que ele participou dos acampamentos golpistas em dezembro, quando "ainda ocupava o cargo de Chefe Substituto da Secretaria Geral da Presidência da República, possuindo estreita proximidade com o então presidente Jair Bolsonaro". Com Hélio Ferreira Lima, a PF encontrou planilhas do planejamento golpista, com várias menções à fraude eleitoral, que nunca foram comprovadas. Rafael Martins de Oliveira é suspeito de monitorar ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes. O quarto preso hoje, Rodrigo Bezerra Azevedo, chegou a dizer em uma conversa que o grupo perdeu a finalidade. Segundo a PF, possivelmente pelo fato de não ter sido consumado o Golpe de Estado. Os "kids pretos" são reconhecidos no Exército pelos conhecimentos técnico, militar e bélico. E isso fica claro com a descrição dos armamentos que eles pretendiam usar para sequestrar ou matar o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PF, eram armas de guerra: A primeira, M249, uma metralhadora leve e altamente eficaz; A segunda, uma arma projetada para disparar granadas; A terceira, um lança-rojão, usado para combate a veículos blindados e estruturas fortificadas. É um lançador de foguetes antitanque. Em nota, o Exército disse que "não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República". O presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin não se pronunciaram. O ex-presidente Jair Bolsonaro não respondeu ao Jornal Nacional. A defesa do ex-ministro Braga Netto não quis se manifestar. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos suspeitos presos. LEIA TAMBÉM Militares queriam assassinar Lula, Alckmin e Moraes e monitoraram passos de autoridades, diz PF; veja detalhes da investigação 'Punhal Verde e Amarelo': veja a linha do tempo do plano golpista Em plano golpista, Lula era chamado de "Jeca" e Alckmin de "Joca"
Os "kids pretos" são reconhecidos no Exército pelo conhecimento técnico, militar e bélico. Os "kids pretos" — também conhecidos como "forças especiais" — são militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais. Reprodução/TV Globo As investigações revelaram que os assassinatos seriam executados por militares de um grupo treinado para missões especiais. Os "kids pretos" — também conhecidos como "forças especiais" — são militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais. De acordo com o exército, no ano passado eram cerca de 2.500 militares. Mauro Cid, ex-braço direito de Bolsonaro, era um dos "kids pretos" que ocuparam cargos no governo anterior. Como parte do treinamento, os "kids pretos" aprendem a atuar em missões com alto grau de risco e sigilo, como em operações de guerra irregular. Quatro "kids pretos" foram presos hoje. Um deles, o general da reserva Mario Fernandes. Ele foi citado por Mauro Cid como um dos militares mais radicais. Ele trabalhou no governo Bolsonaro no mesmo período de Cid. E chegou a ser ministro substituto da Secretaria Geral da Presidência. Segundo as investigações, Mario Fernandes é um dos responsáveis por criar os arquivos onde foram armazenadas as informações do grupo, com os planejamentos do assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, e de instituir de um gabinete de crise a ser montado após a execução do plano. A PF destaca que ele participou dos acampamentos golpistas em dezembro, quando "ainda ocupava o cargo de Chefe Substituto da Secretaria Geral da Presidência da República, possuindo estreita proximidade com o então presidente Jair Bolsonaro". Com Hélio Ferreira Lima, a PF encontrou planilhas do planejamento golpista, com várias menções à fraude eleitoral, que nunca foram comprovadas. Rafael Martins de Oliveira é suspeito de monitorar ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes. O quarto preso hoje, Rodrigo Bezerra Azevedo, chegou a dizer em uma conversa que o grupo perdeu a finalidade. Segundo a PF, possivelmente pelo fato de não ter sido consumado o Golpe de Estado. Os "kids pretos" são reconhecidos no Exército pelos conhecimentos técnico, militar e bélico. E isso fica claro com a descrição dos armamentos que eles pretendiam usar para sequestrar ou matar o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PF, eram armas de guerra: A primeira, M249, uma metralhadora leve e altamente eficaz; A segunda, uma arma projetada para disparar granadas; A terceira, um lança-rojão, usado para combate a veículos blindados e estruturas fortificadas. É um lançador de foguetes antitanque. Em nota, o Exército disse que "não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República". O presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin não se pronunciaram. O ex-presidente Jair Bolsonaro não respondeu ao Jornal Nacional. A defesa do ex-ministro Braga Netto não quis se manifestar. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos suspeitos presos. LEIA TAMBÉM Militares queriam assassinar Lula, Alckmin e Moraes e monitoraram passos de autoridades, diz PF; veja detalhes da investigação 'Punhal Verde e Amarelo': veja a linha do tempo do plano golpista Em plano golpista, Lula era chamado de "Jeca" e Alckmin de "Joca"