STF condena Walter Parreira a 14 anos de prisão por atos golpistas em Brasília
Walter Parreira é formado em História e Publicidade e fundador do grupo Trincheira Patriótica de Santos, que esteve a frente das grandes mobilizações na Baixada Santista. Ele foi preso em operação da Polícia Federal em outubro de 2023. Walter Parreira foi condenado a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília Reprodução A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Walter Parreira a 14 anos de prisão por participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O representante comercial de Santos (SP) foi preso na Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, em outubro do mesmo ano. ✅Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Em decisão unanime, os ministros julgaram procedente a ação para condenar o réu à pena de 14 anos pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do Patrimônio tombado e associação criminosa armada. Quem é Walter Parreira Além disso, a Turma do STF condenou o réu ao pagamento no valor mínimo indenizatório a título de danos morais coletivos de R$ 30 milhões - que será dividido entre os demais condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A Turma foi composta pelos ministros: Cristiano Zanin (Presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. A sentença foi proferida em sessão virtual realizada entre 14 e 21 de fevereiro, sendo o acórdão publicado no dia 28 do mesmo mês. O g1 entrou em contato com o advogado Augusto Miglioli, que representa Walter Parreira, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Prisão A prisão de Parreira aconteceu em 25 de outubro de 2023, durante a 19ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investigava indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos da instituição. Aluguel de coletivo para caravana de bolsonaristas a Brasília custou R$ 17 mil O representante estava na mira da Polícia Federal após aparecer como contratante de um ônibus que saiu de São Vicente, no litoral paulista, rumo ao centro de Brasília no dia 7 de janeiro. Em vídeos, ele não escondeu a participação em atos democráticos (veja o vídeo acima). As promessas na convocação de golpistas incluíam “ônibus novos, superbons, sem custo. O passageiro só pagaria o que consumisse na estrada. Para quem tem disponibilidade para viajar, tudo pago. Tem que ficar acampado. E, se tiver mais pessoas, conseguiremos mais ônibus”. Já dentro do ônibus, a caminho da capital da República para participar dos atos terroristas, Parreira fez um apelo: “Está sobrando ônibus e faltando patriota”. Em outro vídeo, que repercutiu na internet, ele revelou o alto valor da excursão. Ele falou sobre a viagem e o objetivo dos atos terroristas, além de pedir a ajuda de empresários para contribuírem com outras caravanas (veja o vídeo abaixo). Operação Lesa Pátria A operação Lesa Pátria da PF, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. As medidas judiciais foram tomadas em relação a 12 investigados, sendo cinco prisões preventivas e 13 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. As medidas foram cumpridas em Cuiabá/MT, Cáceres/MT, Santos/SP, São Gonçalo/RJ e em Brasília/DF. As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos. Segundo a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido; crimes da lei de terrorismo. Quem é Parreira? Parreira já trabalhou na empresa Ibéria Espadas Militares, uma loja especializada tanto na fabricação de espadas militares, quanto de artigos maçônicos, medievais e orientais. Nos últimos anos, a empresa produziu de réplicas para minisséries e novelas. Entre os clientes é possível citar a Polícia Militar do Estado de São Paulo, Forças Armadas, Ordem Rosa Cruz e o Projeto Brasil 500 Anos. Ele é formado em História e Publicidade e fundador do grupo Trincheira Patriótica de Santos, que esteve a frente das grandes mobilizações na Baixada Santista. Parreira ficou na mira da Polícia Federal por aparecer como contratante de um ônibus que saiu de São Vicente, no litoral paulista, rumo ao centro de Brasília no dia 7 de janeiro. Em vídeos, ele não esconde a participação em atos democráticos. “Sou fundador de um grupo de patriotas aqui da Baixada, estive à frente das grandes mobilizações, estamos na trincheira patriótica lutando pelas pautas do nosso presidente. (...) Recebemos um chamamento nacional. Só vai avançar quem tem sangue nos olhos”, disse ele antes da viagem a Brasília. Voltar para o topo Veja passo a passo dos atos terroristas d


Walter Parreira é formado em História e Publicidade e fundador do grupo Trincheira Patriótica de Santos, que esteve a frente das grandes mobilizações na Baixada Santista. Ele foi preso em operação da Polícia Federal em outubro de 2023. Walter Parreira foi condenado a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília Reprodução A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Walter Parreira a 14 anos de prisão por participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O representante comercial de Santos (SP) foi preso na Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, em outubro do mesmo ano. ✅Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Em decisão unanime, os ministros julgaram procedente a ação para condenar o réu à pena de 14 anos pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do Patrimônio tombado e associação criminosa armada. Quem é Walter Parreira Além disso, a Turma do STF condenou o réu ao pagamento no valor mínimo indenizatório a título de danos morais coletivos de R$ 30 milhões - que será dividido entre os demais condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A Turma foi composta pelos ministros: Cristiano Zanin (Presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. A sentença foi proferida em sessão virtual realizada entre 14 e 21 de fevereiro, sendo o acórdão publicado no dia 28 do mesmo mês. O g1 entrou em contato com o advogado Augusto Miglioli, que representa Walter Parreira, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Prisão A prisão de Parreira aconteceu em 25 de outubro de 2023, durante a 19ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investigava indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos da instituição. Aluguel de coletivo para caravana de bolsonaristas a Brasília custou R$ 17 mil O representante estava na mira da Polícia Federal após aparecer como contratante de um ônibus que saiu de São Vicente, no litoral paulista, rumo ao centro de Brasília no dia 7 de janeiro. Em vídeos, ele não escondeu a participação em atos democráticos (veja o vídeo acima). As promessas na convocação de golpistas incluíam “ônibus novos, superbons, sem custo. O passageiro só pagaria o que consumisse na estrada. Para quem tem disponibilidade para viajar, tudo pago. Tem que ficar acampado. E, se tiver mais pessoas, conseguiremos mais ônibus”. Já dentro do ônibus, a caminho da capital da República para participar dos atos terroristas, Parreira fez um apelo: “Está sobrando ônibus e faltando patriota”. Em outro vídeo, que repercutiu na internet, ele revelou o alto valor da excursão. Ele falou sobre a viagem e o objetivo dos atos terroristas, além de pedir a ajuda de empresários para contribuírem com outras caravanas (veja o vídeo abaixo). Operação Lesa Pátria A operação Lesa Pátria da PF, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. As medidas judiciais foram tomadas em relação a 12 investigados, sendo cinco prisões preventivas e 13 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. As medidas foram cumpridas em Cuiabá/MT, Cáceres/MT, Santos/SP, São Gonçalo/RJ e em Brasília/DF. As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos. Segundo a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido; crimes da lei de terrorismo. Quem é Parreira? Parreira já trabalhou na empresa Ibéria Espadas Militares, uma loja especializada tanto na fabricação de espadas militares, quanto de artigos maçônicos, medievais e orientais. Nos últimos anos, a empresa produziu de réplicas para minisséries e novelas. Entre os clientes é possível citar a Polícia Militar do Estado de São Paulo, Forças Armadas, Ordem Rosa Cruz e o Projeto Brasil 500 Anos. Ele é formado em História e Publicidade e fundador do grupo Trincheira Patriótica de Santos, que esteve a frente das grandes mobilizações na Baixada Santista. Parreira ficou na mira da Polícia Federal por aparecer como contratante de um ônibus que saiu de São Vicente, no litoral paulista, rumo ao centro de Brasília no dia 7 de janeiro. Em vídeos, ele não esconde a participação em atos democráticos. “Sou fundador de um grupo de patriotas aqui da Baixada, estive à frente das grandes mobilizações, estamos na trincheira patriótica lutando pelas pautas do nosso presidente. (...) Recebemos um chamamento nacional. Só vai avançar quem tem sangue nos olhos”, disse ele antes da viagem a Brasília. Voltar para o topo Veja passo a passo dos atos terroristas de bolsonaristas radicais contra Congresso, Planalto e STF Guilherme Gomes/g1 VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos