Previsão de calor extremo vai influenciar na montagem do calendário da Copa de 2026
Pesquisadores concluíram que durante a Copa do Mundo, de 11 de junho a 19 de julho de 2026, quase todas as cidades-sede vão enfrentar um calor preocupante. Previsão de calor extremo vai influenciar na montagem do calendário da Copa de 2026 Reprodução/TV Globo A previsão de calor extremo na América do Norte vai influenciar a montagem do calendário da Copa do Mundo de 2026. Pesquisadores da Universidade de Queens Belfast, na Irlanda do Norte, analisaram os dados meteorológicos dos últimos 20 anos e concluíram que durante a Copa do Mundo, de 11 de junho a 19 de julho de 2026, quase todas as cidades-sede vão enfrentar um calor preocupante. Além da temperatura, os cientistas consideraram outros fatores, como umidade do ar e radiação solar - que compõem um índice chamado de “temperatura do globo úmido”, conhecido pela sigla em inglês WBGT. O pesquisador Douglas Casa, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, estuda os efeitos do calor em atletas profissionais. Ele explica que o índice WBGT é a melhor maneira de definir o estresse térmico, que é quando o corpo humano passa a ter dificuldades para enfrentar o calor. A Fifa determina que, em jogos com o índice WBGT acima de 32º, a arbitragem faça uma interrupção em cada tempo da partida para que os jogadores se reidratem. No Brasil, por exemplo, a parada técnica é de três minutos. Para Douglas Casa, as paralisações deveriam ocorrer a partir de um índice mais baixo, 28º, e afirmou: “Eu definitivamente aumentaria o tempo. Três minutos é uma piada”. A Copa de 1994, também nos Estados Unidos, é considerada uma das mais quentes da história, com temperaturas médias de 33ºC. A final entre Brasil e Itália, na Califórnia, começou 12h30, horário local, e com um calor de 40ºC. “O sol aqui, ó. Batendo literalmente na sua casa. Muito quente e eu acho que 1994 foi um grande exemplo de que não pode ser feito nesse horário. Isso aí prejudica demais o espetáculo”, afirma Jorginho, campeão do mundo em 1994. A Copa do Mundo de 2026 vai ser disputada em três países: México, Estados Unidos e Canadá. De acordo com o estudo, 14 das 16 cidades que vão receber jogos podem ter temperaturas perigosas para os atletas. Vancouver e Cidade do México são as únicas fora da lista. Os estádios de Dallas, Houston, Atlanta e Vancouver têm sistema de refrigeração. Em todas as outras, o calor deve ser extremo - principalmente em Miami e Monterrey. Os pesquisadores recomendaram que nesses lugares, a Fifa não marque partidas no período da tarde. A Fifa só vai anunciar em dezembro os horários dos jogos da próxima Copa, mas garante que vai levar em consideração o bem-estar dos jogadores na hora de montar a tabela.
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Pesquisadores concluíram que durante a Copa do Mundo, de 11 de junho a 19 de julho de 2026, quase todas as cidades-sede vão enfrentar um calor preocupante. Previsão de calor extremo vai influenciar na montagem do calendário da Copa de 2026 Reprodução/TV Globo A previsão de calor extremo na América do Norte vai influenciar a montagem do calendário da Copa do Mundo de 2026. Pesquisadores da Universidade de Queens Belfast, na Irlanda do Norte, analisaram os dados meteorológicos dos últimos 20 anos e concluíram que durante a Copa do Mundo, de 11 de junho a 19 de julho de 2026, quase todas as cidades-sede vão enfrentar um calor preocupante. Além da temperatura, os cientistas consideraram outros fatores, como umidade do ar e radiação solar - que compõem um índice chamado de “temperatura do globo úmido”, conhecido pela sigla em inglês WBGT. O pesquisador Douglas Casa, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, estuda os efeitos do calor em atletas profissionais. Ele explica que o índice WBGT é a melhor maneira de definir o estresse térmico, que é quando o corpo humano passa a ter dificuldades para enfrentar o calor. A Fifa determina que, em jogos com o índice WBGT acima de 32º, a arbitragem faça uma interrupção em cada tempo da partida para que os jogadores se reidratem. No Brasil, por exemplo, a parada técnica é de três minutos. Para Douglas Casa, as paralisações deveriam ocorrer a partir de um índice mais baixo, 28º, e afirmou: “Eu definitivamente aumentaria o tempo. Três minutos é uma piada”. A Copa de 1994, também nos Estados Unidos, é considerada uma das mais quentes da história, com temperaturas médias de 33ºC. A final entre Brasil e Itália, na Califórnia, começou 12h30, horário local, e com um calor de 40ºC. “O sol aqui, ó. Batendo literalmente na sua casa. Muito quente e eu acho que 1994 foi um grande exemplo de que não pode ser feito nesse horário. Isso aí prejudica demais o espetáculo”, afirma Jorginho, campeão do mundo em 1994. A Copa do Mundo de 2026 vai ser disputada em três países: México, Estados Unidos e Canadá. De acordo com o estudo, 14 das 16 cidades que vão receber jogos podem ter temperaturas perigosas para os atletas. Vancouver e Cidade do México são as únicas fora da lista. Os estádios de Dallas, Houston, Atlanta e Vancouver têm sistema de refrigeração. Em todas as outras, o calor deve ser extremo - principalmente em Miami e Monterrey. Os pesquisadores recomendaram que nesses lugares, a Fifa não marque partidas no período da tarde. A Fifa só vai anunciar em dezembro os horários dos jogos da próxima Copa, mas garante que vai levar em consideração o bem-estar dos jogadores na hora de montar a tabela.